Terça-feira, 20 de Dezembro de 2005
Uma senhora, por sinal irmã da minha avó e que até morava no campo, vinha à vila nos mercados e nas feiras altura em que se decidia a fazer o bigode com uma gilete sorrateiramente furtada ao meu avô, que já havia falecido há pelo menos 20 anos! A lâmina da gilete ainda não estava totalmente enferrujada o que mostra a qualidade do material...
Detestava as épocas festivas em que me tinha que encontrar com essa senhora em casa da minha avó, o seu bigode parecia um campo de arame farpado, campo esse que se esfregava na minha cara, tornando aqueles breves segundos de cortesia por parte da senhora num verdadeiro suplicio para mim!
A Ti Mari José nunca chegou a decorar o meu nome, chamou-me sempre Márcio, insistentemente. Mesmo que lhe relembrasse que o meu nome era Eduardo, ela desculpava-se dizendo, ai esta minha cabeça...MÀRCIO!!!!!
Chamava-me Márcio e Usava Bigode, a Ti Mari José!